Texto originalmente postado por Karissa Kirsch no Medium, em 1 de Março de 2017. Link.
Tradução livre feita pela equipe qBR com adaptações, sob autorização.
Alternativamente, minha carta de amor aos esportes.
Quadribol com Q maiúsculo é o esporte jogado nos verdejantes campos e inclinados gramados das terras de Hogwarts. Com q minúsculo, quadribol, é o esporte jogado na grama e campos de relva ao redor do globo. Já quadribol, com 'q' minúsculo, é um esporte inglês de berço pois sua criadora é inglesa (abençoada seja, Joanne). No entanto, quadribol foi jogado primeiramente na “Nova Inglaterra” e agora é praticado em todos os continentes – exceto a Antártica (estamos trabalhando nisso). Nós não usamos mais capas e nossas vassouras perderam as cerdas.
Sou amiga no Facebook de pessoas que praticam o esporte nos EUA, Canada, Brasil, Japão, Inglaterra, Irlanda, Espanha, Itália, França, Alemanha, Bélgica, Argentina, Uganda, Dinamarca, Austrália e muito mais. Esses países entre outros, tem órgãos que regem o esporte e fazem parte de um congresso da Associação Internacional de Quadribol (IQA). É incrivelmente difundida e imensamente popular. A Copa do Mundo da IQA foi sediada em Frankfurt, na Alemanha em julho de 2016. 21 nações foram representadas, e o Time Austrália finalmente tirou a coroa dos campeões que reinavam, Time USA. O esporte está se tornando competitivo o suficiente ao redor do mundo para dar ao seu país de origem uma legítima e excelente disputa pelo melhor. Nós estamos indo até vocês em 2018, Austrália (só brincadeira – mas nah, sério).
Tradução livre feita pela equipe qBR com adaptações, sob autorização.
Alternativamente, minha carta de amor aos esportes.
Não é cosplay.
Eu sei que quando você ouve a palavra ‘quadribol/quidditch’ a primeira coisa que vem à sua cabeça são os livros do Harry Potter e o esporte voador dentro deles. Com toda a razão! É de onde o esporte veio. Entretanto, tem uma enorme diferença entre fazer e vestir meticulosamente um cosplay ("fantasia") de Viktor Krum ou Gina Weasley e jogar o esporte que eu estou envolvida pelos últimos quatro anos. Ambas dessas coisas são consumidoras de tempo e dinheiro e podem resultar em vários níveis de machucados, mas apenas uma delas está sobre jurisdição de um órgão governamental internacional. E ainda bem, também – eu não preciso de ninguém me dizendo que existem regulamentos nas fantasias de Stars Wars/Harry Potter. Desafie-me.Quadribol com Q maiúsculo é o esporte jogado nos verdejantes campos e inclinados gramados das terras de Hogwarts. Com q minúsculo, quadribol, é o esporte jogado na grama e campos de relva ao redor do globo. Já quadribol, com 'q' minúsculo, é um esporte inglês de berço pois sua criadora é inglesa (abençoada seja, Joanne). No entanto, quadribol foi jogado primeiramente na “Nova Inglaterra” e agora é praticado em todos os continentes – exceto a Antártica (estamos trabalhando nisso). Nós não usamos mais capas e nossas vassouras perderam as cerdas.
Não são apenas alguns grupos de entusiastas espalhados aqui e ali.
Sou amiga no Facebook de pessoas que praticam o esporte nos EUA, Canada, Brasil, Japão, Inglaterra, Irlanda, Espanha, Itália, França, Alemanha, Bélgica, Argentina, Uganda, Dinamarca, Austrália e muito mais. Esses países entre outros, tem órgãos que regem o esporte e fazem parte de um congresso da Associação Internacional de Quadribol (IQA). É incrivelmente difundida e imensamente popular. A Copa do Mundo da IQA foi sediada em Frankfurt, na Alemanha em julho de 2016. 21 nações foram representadas, e o Time Austrália finalmente tirou a coroa dos campeões que reinavam, Time USA. O esporte está se tornando competitivo o suficiente ao redor do mundo para dar ao seu país de origem uma legítima e excelente disputa pelo melhor. Nós estamos indo até vocês em 2018, Austrália (só brincadeira – mas nah, sério).
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Apanhador de Richmond Dan Waddell enfrenta o Snitch unner Richard Crumrine na Copa USQ 9, em abril de 2016. | Foto: Alison Meadows. Bunda: Richard Crumrine |
Agora existem ligas “all-star” aparecendo. A Major League Quidditch espremeu sua temporada durante o verão entre os meses mais corridos da USQ e permite que os atletas joguem em times com e contra seus amigos que talvez eles não jogassem durante a temporada regular. A Quidditch Premier League, é versão do Reino Unido da MLQ, está programada para começar sua primeira temporada em julho de 2017. Os habituais Torneios Fantasy que ocorriam durante o verão não bastam mais—as pessoas querem competições organizadas e querem isso anualmente.
Em um torneio de um dia, incluindo grupos e chaves, vamos dizer, quatro grupos com quatro times cada e uma chave de eliminação única criada para 12 desses times, os times que chegarem na decisão terão jogado seis partidas até a hora que irão se enfrentar. E mais frequentemente do que não, esses campeonatos são incríveis de se assistir – mesmo deois de um dia inteiro jogando. Para muitas pessoas, quadribol é o primeiro esporte que elas jogaram competitivamente. Treinar para que seu corpo chegue ao ponto onde possa jogar o final de semana inteiro em um ritmo intense não é brincadeira; isso exige dedicação e cuidado. Mesmo alguns amigos que estiveram praticando esporte sua vida toda precisam dar duro para manter seu ápice competitivo e melhorar.
É um trabalho “Casca Grossa”.
Em um torneio de um dia, incluindo grupos e chaves, vamos dizer, quatro grupos com quatro times cada e uma chave de eliminação única criada para 12 desses times, os times que chegarem na decisão terão jogado seis partidas até a hora que irão se enfrentar. E mais frequentemente do que não, esses campeonatos são incríveis de se assistir – mesmo deois de um dia inteiro jogando. Para muitas pessoas, quadribol é o primeiro esporte que elas jogaram competitivamente. Treinar para que seu corpo chegue ao ponto onde possa jogar o final de semana inteiro em um ritmo intense não é brincadeira; isso exige dedicação e cuidado. Mesmo alguns amigos que estiveram praticando esporte sua vida toda precisam dar duro para manter seu ápice competitivo e melhorar.
Odeio usar machucados para justificar o fato de nosso esporte é de fato um esporte, mas para muitas pessoas, acaba sendo o fato que desperta a curiosidade delas. Nos últimos quatro anos, meu time tem resistido à dedos quebrados, mãos quebradas, uma famosa torção de tornozelo de classe 3, costelas rachadas (oi, eu tenho uma dessas), narizes quebrados, uma separação entre clavícula e escápula de classe 2, e infinitas contusões, arranhões e feridas. Tenho assistido e arbitrado jogos que terminaram com ossos quebrados. Você sabia dá para ouvir uma clavícula se partir? Eu não. E é tão esporte quanto basquete, rugby e futebol são, só que com menos (leia-se: nenhuma) liga rentável e menos (leia-se: alguns, porque realmente existem patrocinadores) times patrocinados.
Eu não posso dizer para você quantas vezes eu chorei sobre todo o trabalho duro que meu time e eu pusemos no esporte só para sentir como se fosse por nada quando perdemos um jogo que pensávamos que tínhamos no bolso, e somos todos ainda bastante novos para o esporte. Vendo meus amigos que tem jogado à cinco, seis, sete anos – todo o colegial e agora em times comunitários, praticando quadribol como se fossem pagos para jogar – suando e dando sangue, se classificando para o nosso campeonato nacional e dar de frente com algo de partir o coração quando chegam lá. Um jogador chave se machuca, o pomo comete um erro, o time não parece manter seu ritmo. E tudo foi pelo ralo. Meses – anos, as vezes – de trabalho, centenas de dólares, aqueles sonhos e esperanças da temporada: todos viraram cinzas.
É de partir o coração.
Eu não posso dizer para você quantas vezes eu chorei sobre todo o trabalho duro que meu time e eu pusemos no esporte só para sentir como se fosse por nada quando perdemos um jogo que pensávamos que tínhamos no bolso, e somos todos ainda bastante novos para o esporte. Vendo meus amigos que tem jogado à cinco, seis, sete anos – todo o colegial e agora em times comunitários, praticando quadribol como se fossem pagos para jogar – suando e dando sangue, se classificando para o nosso campeonato nacional e dar de frente com algo de partir o coração quando chegam lá. Um jogador chave se machuca, o pomo comete um erro, o time não parece manter seu ritmo. E tudo foi pelo ralo. Meses – anos, as vezes – de trabalho, centenas de dólares, aqueles sonhos e esperanças da temporada: todos viraram cinzas.
Existem algumas poucas coisas na vida que podem partir seu coração como ver extinguir uma chama carregada entre amigos. Ver pessoas das quais você suou e deu sangue junto, várias e várias vezes, passando a borracha nos objetivos não alcançados que um dia tiveram juntos é dolorido de uma forma única que chega a ser um esforço coletivo. Ver esses mesmos times entrando impetuosamente na sua próxima temporada, contudo, é uma das mais incríveis e mais emocionantes formas de motivação que eu já vi. Aprender a nos levantarmos, sacudirmos a poeira e olharmos novamente para a briga é impagável.
Muda vidas, então vale a pena.
Cerca de seis meses depois que meus amigos e eu fundamos o “Time Turners” (Os Vira Tempo), eu fui diagnosticada com transtorno de depressão grave. Eu tinha generalizado anos de problemas de ansiedade, mas o diagnóstico de depressão – entretanto, francamente, não me surpreende – foi difícil de enfrentar. Minhas notas despencaram e minha vida social desapareceu. A única coisa que eu me via capaz de fazer, era ir aos treinos de quadribol. Eu dificilmente conseguia comer em alguns dias, mas eu teria sido amaldiçoada se perdesse uma apresentação de equipe. Quadribol me manteve à deriva enquanto eu me via afogando e não acho que teria conseguido sair da neblina que estava pelos quase dois anos sem estrutura que eu passei, sem o sistema de apoio que meus colegas de time me deram![]() |
Primeira partida contra a ETSU, abril de 2014. | Foto: Kaila Herd |
Estava vendo minha carreira universitária se aproximar do fim no que parecia uma velocidade terminal, me peguei refletindo sobre a importância do que eu e meus amigos fizemos. Sim, claro, nós trouxemos um novo esporte para Knoxville. Sou muito orgulhosa disso, não me entenda mal. Mas a coisa da qual sou mais orgulhosa? A coisa que eu eternamente vou definir como meus anos dourados na UT? Que será sempre a família que eu me dei, que todos nós fizemos juntos. Quadribol é a coisa mais diversa, desafiadora mental e fisicamente provocativa que eu já tentei empreender e apareceu para mim no momento perfeito da minha vida e com o grupo perfeito de pessoas. Esse esporte apareceu na minha vida três novembros atrás como um turbilhão de oportunidades e eu serei eternamente grata a isso.
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